segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Osho

Depois da minha última postagem, recebi um e-mail de Daniel Cunha, vulgo Galeano. Achei maneiro e resolvi compartilhar parte do conteúdo com vocês, meus cerca de três leitores (mãe, vó, bei, amo vocês).

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"A maioria das pessoas tem momentos de reflexão, mas decidem esquecer quando percebem que a vida real é dura e que não podem perder tempo com isso. A questão aqui é a mais simples possível: ser coerente com o que você sente. Está escrito nas suas entranhas, se você sente isso, não tem como fugir. Se você considera algo prejudicial (ou inútil) pra humanidade, como você vai trabalhar com isso e tornar essa sua atividade principal?

Tenho um livro do Osho aqui em PDF e separei uns trechos pra você, sobre a parte de procurar respostas. É pra confundir mais ainda. Curte aí..." (nota do dono do blog, vulgo FF: Qual o nome do livro, o vacilão?)


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A sabedoria não tem nada a ver com conhecimento, absolutamente nada. Ela tem algo a ver com inocência. Algo da pureza do coração é necessário, algo da vastidão do ser é necessário para que a sabedoria cresça.

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Fique num estado de não-saber. Viva a partir desse estado. Olhe as árvores como uma criança, olhe a lua como um poeta, olhe o céu como um louco!

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Nunca deixe de se maravilhar se quiser que os mistérios se desvendem para você. Os mistérios nunca se desvendam para aqueles que não param de questionar. Aqueles que questionam cedo ou tarde acabam numa biblioteca consultando as escrituras, porque as escrituras estão cheias de respostas. E as respostas são perigosas: elas podem destruir a sua admiração. Elas são perigosas porque dão a sensação de que você sabe, embora não saiba. Elas lhe dão a compreensão incorreta de que agora as perguntas estão solucionadas. "Eu sei o que a Bíblia diz, eu sei o que o Alcorão diz, eu sei o que o Gita diz. Eu consegui." Você vira um papagaio: repetirá as coisas, mas não saberá de nada. Não é esse o caminho para o saber — o conhecimento não é o caminho para o saber. Então, qual é o caminho para o saber? A admiração. Deixe que o seu coração dance maravilhado. Encha-se de admiração: pulse com ela, inspire-a, expire-a. Por que ter tanta pressa para conseguir a resposta? Você não pode deixar que o mistério continue sendo um mistério? Eu sei que é grande a tentação para não deixar que ele continue sendo um mistério, para reduzi-lo a um conhecimento. Por que existe essa tentação? Porque, quando você se encontra repleto de conhecimento, está no controle. O mistério controlará você, o conhecimento o deixará no controle. O mistério o possuirá. Você não pode possuir o mistério: ele é vasto demais e as suas mãos são muito pequenas. Ele é tão infinito que você não pode possuí-lo. Tem que ser possuído por ele — e esse é o seu medo. Você pode possuir e controlar o conhecimento, ele é tão trivial...

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Essa tentação da mente de reduzir toda maravilha, todo mistério, a uma pergunta é pautada basicamente pelo medo. Temos receio do que é extraordinário na vida, desta incrível existência. Estamos amedrontados. Por causa desse medo, criamos alguns pequenos conhecimentos à nossa volta como uma proteção, como uma armadura, uma defesa. Só os covardes reduzem a meras perguntas a capacidade incrivelmente valiosa de se maravilhar. A pessoa realmente valente, corajosa, deixa as coisas como são. Em vez de transformar a maravilha em uma pergunta, ela mergulha no mistério. Em vez de tentar controlá-lo, ela deixa que o mistério a possua.

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A partir do estado de admiração, existem dois caminhos. Um é o do questionamento — o caminho errado. Ele leva você a acumular cada vez mais conhecimento. O outro é não questionar, mas deleitarse. Deleite-se com a maravilha que é a vida, a maravilha que é a existência, as maravilhas que são o sol, a luz do sol e as árvores banhadas com seus raios dourados. Viva a admiração. Não coloque depois dela um ponto de interrogação. Deixe-a ser como é.

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"Arte pela arte", dizem por aí. Pode ser que sim, pode ser que não — não sou artista. Mas posso dizer a você: a vida é só para ser vivida. Cada momento vale por si mesmo. Sacrificá-lo em nome de outra coisa é falta de inteligência. E depois que o hábito de sacrificar se instala, você passa a sacrificar este momento pelo seguinte, o seguinte pelo que vem depois e assim por diante — este ano pelo seguinte, esta vida pela seguinte! Trata-se de um processo simples e lógico: depois que você deu o primeiro passo, inicia toda a jornada — a jornada que o leva a um deserto estéril, jornada que é autodestrutiva e suicida. Viva o momento pelo alegre prazer de vivê-lo. Viva sem o sentimento de dever, sem imposições, sem obrigações, sem mandamentos. Você não está aqui para ser um mártir: está aqui para aproveitar a vida ao máximo. E a única maneira de viver, amar e ter prazer é esquecer o futuro. Ele não existe. Se você conseguir esquecer o futuro, se puder ver que ele não existe, não há por que se preparar constantemente para ele. No momento em que o futuro é deixado de lado, o passado passa a ser irrelevante por si só. Nós carregamos o passado de modo a poder usá-lo no futuro. Do contrário, por que carregaríamos o passado? E desnecessário. Se não existe futuro, para que carregar o conhecimento que o passado lhe proporcionou? Trata-se de um fardo que acabará com o prazer da jornada. E deixe-me lembrá-lo de que se trata de uma pura jornada. A vida é uma peregrinação para lugar nenhum — de nenhum lugar para lugar nenhum. E entre esses dois pontos está o aqui e agora. O lugar nenhum consiste em duas palavras: aqui e agora.’

2 comentários:

Li disse...

Eu tbm leio seu blog!!!

Daniel Cunha disse...

Isso aí dá um processo brabo...