terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Sentido ao Caos

Sentados em roda durante a aula da pós desta segunda-feira, 14 de fevereiro, cada um lia um trecho do primeiro capítulo do “O Ano do pensamento mágico”. A aula era sobre ensaio pessoal e, enquanto prestava atenção na leitura dividia meus pensamentos com o que daria um ensaio pessoal de minha pessoa Felipe Floresti.

Em uma das interrupções propostas, o professor abriu aos alunos para falar o que pensaram do comecinho. Fui o segundo a falar, mas não foi bem o que o professor esperava ouvir. Minha interpretação sobre o porquê da Joan Didion ter começado a escrever com o que ela escreveu dias depois da morte do marido e só tendo continuado alguns meses depois (oito se não me engano).

Tenho mania de reconhecer os processos alheios nos meus. Várias vezes eu estou todo empolgado para escrever alguma coisa, mas deixo passar. Não anoto na hora, quando chego, não sai. Esse tipo de coisa. Até por isso, enquanto cada um dos meus colegas de classe liam um trecho, ia anotando pedaços do meu pensamento concomitante em uma folha do meu novíssimo caderno comprado nesta tarde por R$ 6,5 e com uma capa que remete à corrida (running).

Se engana quem acredita que o caderno é para anotar as lições da pós-graduação. Seria uma mudança e tanto se considerar que eu não tenho nenhum papelzinho remetendo aos outros dois semestres. Durante as aulas eu tenho o pensamento mais livre, alimentado pela recorrente falta de interesse nas aulas, mas sempre abastecido por frases, citações, palavras chaves, observações de qualquer um da classe, seja as viagens do professor gagá ou alguém falando groselha ou falando coisas interessantes (as aulas são inconstantes).

No caso a frase que anotei foi “dar sentido ao caos”. Segundo o professor, e as pessoas que falaram depois de mim (o que obviamente concordei), era esse o motivo de a Joan ter demorado alguns meses para voltar a escrever. Foi o tempo que levou para entender o que estava acontecendo. Nada a vê com minhas falta de empolgação ou esquecimento sobre o tema em que pensei escrever. Afinal, convenhamos né Felipe, a morte do marido não é algo que se deixa passar.

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Fiquei pensando no sentido do caos. Caos do pensamento. Não que algum ente tenha morrido ou coisa que o valha, mas como diria Rodriguinho Sangue Bom: “Cada um tem seus parâmetros problemáticos sem solucionáticos”. Cada um tem seu caos de pensamento. O meu começou no mesmo dia da história do post anterior: minha demissão.

Não foi nenhum baque muito forte. Ninguém morreu, embora meu escangalo de tanto chorar depois faça parecer que tinha. Embora sempre pense que ninguém vai acreditar (se pá é porque é o que eu pensaria), já queria sair de lá, tinha dado no que tinha que dar, e tudo. Não é legal quando saem com você, mas minha vontade sempre foi ficar tranquilo, principalmente depois que bateu na conta do banco uma quantia considerável proveniente da rescisão.

O objetivo antes da notícia era tirar licença do trabalho em janeiro reconstituir os ligamentos que meu querido joelhinho tanto precisava. Repensei, pensei, repensei, decidi fazer a cirurgia. A não ser que algo profissionalmente recompensador aparecesse. Até o dia da cirurgia, fui convidado para três entrevistas. Revista Caras, Agência Leia e Uol Entretenimento.

Caras Felipe? Pois é. Trabalhar com os anuários da revista, escrevendo sobre noivas, decoração, bebê, moda e outras coisas que não lembro. O salário era bom, um aumento razoável em relação aos rendimentos do antigo emprego. Era em uma revista, rumo que eu acredito ser meu preferido dentro do jornalismo. Não era o que eu queria. Não era meu perfil, mas dificilmente negaria caso fosse o escolhido. Ouvi boatos de que o editor até simpatizou com minha pessoa, mas sabia que aquilo ali não era para mim. Very wise.

A agência Leia produz informações e notícias para os assinantes de sua ferramenta de notícias, que são investidores da Bolsa de Valores. A vaga era para ser repórter responsável pelos setores de papel e celulose e transporte e logística, substituindo um amigo da Carol, minha amada namorada, que também concorria à vaga.

Um dia antes da data em que a editora afirmou ligar para dar a resposta, estava confiante. Meu pensamento era sobre aceitar ou não o emprego. Informações internas diziam que não era o melhor lugar do mundo a se trabalhar. Correria, pressão, estresse, qualidade duvidosa de vida. Até que esses não eram problemas. Jornalismo dizem que é isso. Meu serviço para a sociedade seria garantir informações para que os investidores das empresas papel e celulose e transporte e logística tomassem decisões mais sábias ao comprar e vender ações e, consequentemente, ganhassem mais dinheiro.

Novamente não era o que eu queria. O problema é que não sou muito bom em lidar com a insegurança. Não saber se vou conseguir pagar o aluguel, correr o risco de voltar para a casa dos pais. Se bem que essa é a resposta coerente, racional. A verdade é que a sensação de falhar, de não conseguir, de não ter um emprego, de não estar caminhando sentido ao rumo profissional, me faz querer apressar as coisas. O tempo urge. Não posso ficar para trás no mercado de trabalho. Estava disposto a aceitar a oferta.

Parece que a editora também gostou de mim. Dizem que ela ia me ligar para contar isso. Dizem que fui a segunda opção e, caso ela volte a precisar de alguém no futuro, lembraria de mim. Quem me disse isso foi a primeira colocada, Caroline Castro. Fui preterido. Estava para trás no mercado de trabalho.

Ainda restava o Uol. A salvação esperada até o último minuto. Antes do dead line. Antes da decisão de operar ou não o joelho. Não fui bem no teste, a editora sequer chegou a conversar comigo, informações diziam que o jogo tinha cartas amigas de pessoas de escalões mais altos da empresa marcadas. Mas eu queria o emprego. Melhor proposta financeira, empresa de nome. É a área que sonho atuar? Claro que não. No fantástico mundo do jornalismo por algum motivo que são meramente conceituais e nada factíveis “entretenimento” inclui desde o fato do Gianechini (sei lá se é assim que escreve) usar camiseta regata no show da Amy Winehouse (ai que brega gente) até cinema, arte, e essas fitas que eu até acho mais legais. Essa vaga eu queria. Queria de verdade. Queria tanto que até me enganei achando que tinha chance, embora os fatos dissessem o contrário.

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Operei o joelho. A decisão estava feita. Pelas contas, um mês de molho. Ia aproveitar o tempo para estudar. Estudar o que eu gosto. Eu curto conflitos sociais, curto a sociedade. Curto ver o que está errado nela e ver uma forma de mudar isso. “Olha lá. Olha o Felipe. Quer mudar o mundo. Que idealista. Que bonitinho. Que babaca. Que subversivo. Que rebelde. Que adolescente”. Já espero esse pensamento.

Meu estudo era ver documentários. Zeitgeist (http://www.zeitgeistmovie.com/). Já tinha visto o primeiro e o segundo e aguardava ansiosamente o lançamento mundial do terceiro, que teve exibições gratuitas em todo mundo no dia 20 de janeiro (se não me engano) e posterior liberação na integra no YouTube (também vai rolar para download, mas ainda num colocaram lá. Tudo de graça). O filme de 2h41 foi visto quase três milhões de vezes, mas ninguém na mídia falou sobre ele.

Também vi outros, como o “I love Capitalism” do Michael Moore ou o “The Corporation”. Mas o Zeitgeist merece atenção especial por um motivo pessoal que explicarei dentro de alguns segundos (aproveita pra ir tomar uma água):

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O primeiro, por exemplo, fala basicamente sobre fatos que moldaram a forma de pensar do homem, como “a lenda” de Jesus Cristo, ou o fato do 9/11 ser tudo uma grande armação para disseminar a cultura do medo, atingir interesses corporativos específicos, e cultivar o domínio de quem está no poder sobre a população.

Embora não vá me estender nesses assuntos agora (talvez comente algumas coisas em separado no futuro deste blog que você não lê), superficialmente falando, e roubando parte do argumento de Galeano, eles colocam as teorias como uma grande verdade verdadeira. Não sei sobre Jesus, embora os argumentos sejam bem coerentes, assim como o do 9/11, mas acredito que a religião, católica e protestante, tem o papel de manipular as pessoas. Não que exista uma alma do mal controlando a religião e o mundo, mas o negócio já está arraigado na sociedade. Boa parte (eu diria a maioria) de quem faz a religião hoje acredita sim que está trabalhando para atender os interesses de Deus.

O primeiro filme, assim como o segundo, também fala sobre como o sistema monetário funciona (usando como parâmetro o americano e a história, mas que, com algumas adaptações, serve perfeitamente para o Brasil e a maioria dos países). Defende que as corporações que controlam o mundo (o que eu acredito também).

Mas chegando finalmente no terceiro. Além de apresentar mais sobre o sistema financeiro, e falar sobre o projeto Venus, que é uma opção (que para mim é uma excelente opção, mas só viável caso tudo exploda e comece de novo) de organização da sociedade em que se baseia em recursos naturais e na tecnologia e não no dinheiro e petróleo como é hoje. O documentário começa falando que o ser humano não é ruim, por exemplo. Usando argumentos de professores que assinam com o nome de renomadas universidades desse mundão (ou só dos EUA, num sei), mostram que tudo é resultado de como a pessoa vive, que informações as pessoas tem, de como as necessidades básicas são atendidas. Eles partem dessa base para mostrar que a sociedade, as coisas em geral, não são assim porque sempre foram assim. São o que são porque a sociedade mantém esses valores e assim são perpetuados.

Esses valores são poderosos. Eles atuam sobre todo mundo. Atuam até sobre quem quer começar a lutar contra, como eu. Meu objetivo é ficar tranquilo com minha situação de desempregado. Tenho uma folga financeira por um tempinho, tenho o suporte de meus pais que me deixam ficar na casa deles um tempo a fim de gastar menos do que o faria se estivesse em minha casa de São Paulo. Na minha cabeça, minha situação é invejável. Sou a pessoa mais sortuda por ter a opção de não escolher o primeiro emprego que aparece.

(com a devida liberdade que eu tenho ao escrever no meu blog, esse é outro problema fundamental do capitalismo. Ninguém segue sua vocação. A grande gigantesca maioria das pessoas acaba fazendo o que vai garantir o dinheiro para pagar a conta da Telemar, dar comida pras crianças, pagar hipoteca, deixando de fazer o que gostaria de fazer. O principal é o dinheiro, mas quando se trabalha por dinheiro, não se trabalha tão bem. Isso, em larga escala, torna a sociedade como um todo menos produtiva. É o oposto do que defendem os amantes do capitalismo, que acreditam que a competição leva à evolução. Para mim a competição dessa forma leva à evolução do que não é prioridade. Por amor à ciência Einstein pensou na teoria da relatividade, por amor ao dinheiro Steve Jobs idealizou o IPad. É meio que provado que existem doenças que não tem cura por falta de interesse da industria farmacêutica. Ou até tem cura, mas simplesmente não é divulgado [Aguardem o documentário do Galesta]. Isso é amor à ciência, às pessoas, ou ao dinheiro?)

Mesmo sabendo disso tudo, sempre tem aquela força que nos faz fraquejar. Dá vontade de seguir o que é considerado certo, ter como primeira preocupação pagar as contas, atingir a independência financeira, que desde que eu me conheço por gente minha mãe pede de presente para o papai Noel. Hoje eu fico feliz por ter sido preterido na agência. Ou melhor, me esforço para pensar assim, tenho certeza absoluta que seria infeliz por ir contra tudo que eu acredito nesse momento. Mas é foda ficar desempregado.

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“Vai mudar o mundo então, nerdão”. Issqueéfoda. Num tenho respostas. Quando você fala que está tudo errado, que nada faz sentido, que as coisas não precisam ser assim, que não tem cabimento um país ir mal porque um banco em outro decidiu fazer hipoteca da casa de quem não tinha condições de pagar (nem discernimento para saber que não podia pagar), todos acham que tem que dar uma solução no lugar.

Estou procurando as respostas. Num é mole. Não dá para apontar o comunismo, por exemplo, como saída. Até acho que é uma alternativa mais sustentável capitalismo e tenho argumentos que acredito ser o suficiente para desbancar quem diz que já foi testado e provou não dar certo. Mas também não encontro nele uma resposta definitiva. Tudo continuaria girando em torno do dinheiro.

Andei pensando que uma forma de fazer alguma coisa é conversar com as pessoas sobre o assunto. Assim, meus assuntos acabam se tornando uma chata e acalorada discussão sobre o mundo. Até que o ambiente se torne desagradável. A Carol fala que problema é que eu só aceito as coisas do meu jeito. Eu, por outro lado, penso que a Carol tem razão (te surpreendi, né?). Maaaaaas.. também tem o fato de que o que eu ando me informando sobre é algo novo para a maioria das pessoas. Ninguém de interessa sobre sistema financeiro. Não que eu seja um expert, mas nem precisa ser. Todos acham que é complicado e nem eu entendo as complicações. Ele é vendido de forma complicada simplesmente para afastar o interesse das pessoas. Mas nem precisa entender a mecânica de cada derivativo para saber que ele é uma patologia do sistema. Confrontar paradigmas é agressivo. Mudar paradigmas não é fácil. Então a pessoa não se preocupa com nada além do que desqualificar seu ponto, o que é relativamente fácil, já que são cobradas respostas que eu não tenho. É tipo pedir para alguém ser 100% coerente. Duvideodó que dá.

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Hoje a tarde vi uma entrevista no Roda Viva de alguns anos atrás com o Patch Adams, aquele mesmo do filme com o Robin Willians que você e sua mãe viram juntos e choraram no final. Acontece que ele nem curte o filme e o buraco é mais embaixo do que fazer graça no consultório. Vale a pena investir uma 1h18 de sua vida (link). Ele diz que 90% das pessoas não pensam. Eu concordo, mas vai tentar mostrar para alguém que ele num tá pensando. Há fí.. ninguém vai aceitar né.

Eu digo ainda que a maioria das pessoas que pensam estão preocupados com espiritualidade. Não ligam muito para os problemas da sociedade, mas querem consertar seus próprios problemas. Eu não ligava muito para esses papos. Minha cabeça diz (ou dizia) que eu sou muito pequeno perto de todo o resto e a mudança tem que ser feita no todo, na em mim.

Quando meu joelho não funcionava e minha única locomoção era por meio de muletas, decidi passar um fim de semana tranquilo com minha família na chácara da minha tia em Itupeva (E daí?). Foi lá que desisti de levar discussões acaloradas em roda de bar (é sério e complexo demais para uma mente alcoolizada). Principalmente com seus tios.

Lá, em meio ao ócio bucólico da beira da piscina, encontrei um livro sobre a mesa: “UM NOVO MUNDO: O DESPERTAR DE UMA NOVA CONSCIÊNCIA”, do Eckhart Tolle (http://www.eckharttolle.com/home/about/eckharttolle/) . Para mim era um livro de auto-ajuda a la Gaspareto (preconceito meu também. Nunca li nada dele. Minha mãe que curtes), mas num tava fazendo nada mesmo. E “o despertar de uma nova consciência” me chamou atenção. No Zeitgeist falam disso. Não li muito, mas o bastante para abrir os olhos. Era tudo complementar. Mude você e o mundo. Uma coisa é ligada a outra. Não acho que mudar você é uma forma de mudar o mundo. Acho pouquinho e individualista demais. Mas não dá para mudar o mundo sem mudar você.

Minha memória diz que o livro fala sobre o ego. O eu. Que você precisa saber superar ele. Acalmar sua mente que não para de falar e sentir mais. Começa falando de um maluco que saia falando sem parar, acompanhando o pensamento, a cabeça falava mais que ele. Eu percebo que estou bêbado quando começo a falar sozinho quando estou no banheiro. Comento cada pensamento meu. Sóbrio, o pensamento não para, mas pelo menos a boca se segura.

Já encomendei o livro e ele chegou hoje, por meros R$ 20 no Submarino, pouco antes de ir para a pós. Organizar a mente, relembrar qual é esse papo do “ego”. Enquanto isso eu e minha mente fomos para a pós. Lá coloquei para fora meia página sobre o porquê das pessoas aceitarem as coisas como são enquanto o professor falava sobre o “Down and Out in Dublin”. Minto, não era meu antigo blog, mas o livro do George Orwell que inspirou seu nome e em que se via “Paris and London” no lugar da capital irlandesa. Além de fazer anotações de ideias de trabalhos que quero fazer na minha vida mas demandariam anos de dedicação, e as anotações que serviram de base para esse texto. Hoje foi a primeira aula de 2011 e percebi que estou menos judgmental em relação às pessoas, mais participativo e menos arrogante.

Quando acabou a aula, voltei rápido com o carro para não deixar o ímpeto de escrever essa caralhada de palavras. No caminho quase bato o carro com uma freada brusca em um chão escorregadio enquanto pensava no espiritismo e em como é inútil saber se existe vida ou não depois da morte. Agora, 3h18 da manhã, termino esse texto. Pretendo voltar aqui mais vezes, mas isso depois de ver alguns documentários que baixei do site http://docverdade.blogspot.com/, além de ler um livro que peguei com o Galeano: “Aprendendo a silenciar a mente”, do Osho. Quem sabe assim não aprendo a organizar melhor as ideias e, pelo menos, economizar algumas palavras.

2 comentários:

Igor Nishikiori disse...

Sei que você não pediu, mas já que você pira em docs, vou te indicar os três que eu considero mais fodas: "A Revolução não será televisionada", "O Sindicato: O Negócio Por Trás do Barato" e "A Batalha do Chile".

Caroline Castro disse...

(Suspiro longo, por dois motivos: o primeiro vc sabe e nao interessa a mais ninguém e o segundo é pra encontrar uma forma de descrever isso...)

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Acho que o melhor traduz é orgulho. Eu posso discordar de algumas ideias suas (e, aliás, acho isso muito positivo), mas eu sinto orgulho mesmo de ter do meu lado alguém interessado em de alguma maneira fazer esse mundo ser melhor, ou pelo menos pensar que ele pode ser. No meio da bebedeira do sábado, antes da gente voltar pro salão, a gente tava conversando sobre essas coisas e eu não consegui terminar, pq a gente tava bêbado e alguma coisa chamou mais a nossa atenção do que a nossa conversa, hehe. Enfim, hj a gente pensa diferente, eu sou mais cética e vc mais otimista. Eu definitivamente não acredito tanto em mudanças as pessoas são egoístas demais pra isso (SP e a vida profissional jogaram isso na minha cara), egoístas demais pra aceitar qualquer coisa que mude o conforte delas (isso é com qualquer um, o cara lá da pqp pode ter menos grana q o cara que mora nos Jardins, mas ele tem algum conforto do qual ele nao abriria mao... o cara dos Jardins então.. pior aidna). Enfim, apesar de todo o ceticismo aparente, vc me faz repensar isso tudo. Não é só pra fazer parte do seu mundo que eu assisto a esses documentários. É pq no fundo eu quero enxergar a mesma esperança que vc conseguiu enxergar. Vc representa essa esperança pra mim.. me enche de orgulho te ver correr atrás, me enche de orgulho vc bater o pé e ir atrás de um emprego que te faça feliz (só precisa descobrir qual é). A minha pequena contribuição e demonstração de apoio ficam por conta dos livros.

Fora isso, seu texto tá mto bom e transmite a sua vontade louca (e linda) de achar respostas.

Te amo.
Beijos