segunda-feira, 29 de junho de 2009

Lembram do iraquiano?

O que diferencia dias bons dos dias ruins é o meu humor e a forma como eu encaro as coisas. Na verdade nunca acontece algo profundamente muito bom ou profundamente muito ruim, ficando tudo basicamente na mesma, o que é ruim... ou bom... dependendo do meu humor e da forma como eu encaro as coisas. Entenderam?

terça-feira, 23 de junho de 2009

E esse então?

Hoje eu estava em minha casa, quando recebi a visita de uma amiga minha que eu não poderei revelar quem é. Minha casa tem aquelas salas que são separadas da cozinha por uma bancada, sabe? Então estávamos conversando sentados à mesa da sala de jantar, que assim como a cozinha tem uma decoração com detalhes alaranjados, conversando enquanto a empregada lavava louça distraída na pia.

Não lembro exatamente o assunto que abordávamos, mas de repente começamos a nos beijar. Ela já havia dado mole e essa visita não enganou ninguém. O beijo não era dos melhores, ela tinha uma língua meio dura que invadia minha boca meio sem jeito, mas, sabe como é, já que ta, que vá.

Segundos depois, incomodada pela presença da empregada e com pensamentos sujos na cabeça, ela me pediu para mostrar-lhe meu quarto. Cumprido e com apenas uma cama de solteiro no fundo com os pés virados para a porta, meu aposento nos recebeu e logo nos encaminhamos para a cama. Daí você sabe o que acontece nesses momentos. As coisas esquentaram e fomos para uma atividade carnal.

Não entrarei em detalhes (afinal só lembro de alguns), mas em duas oportunidades ela sem querer caiu da cama. Foram acidentes e eu estava gostando daquilo. Não, não fazia amor, mas sempre sou carinhoso no fazer sexo (ou pelo menos eu sempre tento agradar mais do que ser agradado. Tento). Entretanto em dado momento fui interrompido.

Ela afirmava que ela não era objeto e que eu deveria tratá-la melhor. Ela queria um sentimento e afirmava que não queria aquela coisa tão fria. Confesso que não entendi. Ficava pensando se havia feito algo inconscientemente, mas para mim tinha dado meu melhor. Estava gostando, não estava fazendo amor, mas estava achando aquilo tudo uma ótima idéia.

Não queria parar e não sabia estar tratando-a mal, mas ela quis. Até tentei argumentar, mas logo no inicio fomos interrompidos por minha irmã, que adentrou meu quarto para fazer um não sei o que. Ficou pouco e se foi, enquanto nos escondíamos nos lençóis e na penumbra do quarto que era iluminado por um pequeno feixe de luz do sol que entrava pela janela.

Quando minha irmã deixou o quarto, minha querida (cada vez mais) amiga já colocava sua blusinha verde musgo. Ainda tinha esperança de continuar com a ação, mas ela parecia irredutível. Pedi desculpas, ela disse que esse tipo de coisas não tem desculpas. Eu acordei.

domingo, 21 de junho de 2009

Aniversário

_ Aguenta uma facada?

FFFFUUUUUUUUUUUUUU

And the enemy wins

quarta-feira, 17 de junho de 2009

O que será que quer dizer?

Hoje estava andando na rua sozinho e tranqüilo, quando ao passar ao lado de um prédio parcialmente abandonado começo a ouvir alguns tiros. O barulho ia crescendo e, curioso, quando olho para cima vejo uma guerra entre facções criminosas rivais. Um grupo intruso tentava tomar lugar dos que comandavam o prédio em questão. Fuzis eram postos em ação pela janela, chegando até a dispararem em minha direção, mas eu estava protegido por uma grande muralha.

Ao invés de sentir medo com toda aquela situação, fiquei empolgado. Pensei em tudo que me desagradava em minha vida, a falta de emprego e, as vezes, de motivos e vi no crime uma alternativa viável. Pensei também se havia histórias de playboys como eu que se envolverão pela vida emocionante de um criminoso, vivendo pouco como um rei.

Tomei a decisão rapidamente e, para procurar algum tipo de envolvimento, subi uma escada que começava logo depois da muralha. A escada era longa, devia ter uns 50 degraus em curva. Logo na primeira virada, encontro um grupo de meninos e meninas em situação de rua.

Quando passava por eles, uma menina me pediu dinheiro. Para fazer uma média com o pessoal da área, meti a mão no bolso para desembolsar algum. Foi então que eu percebi que estava com uma bermuda de surfista, sem bolso e, portanto, estava sem carteira e/ou dinheiro.

Prontamente me desculpei, explicando a situação e a garota, muito simpática, me entendeu e assim prossegui minha busca. Mais a cima, chego em uma praça lotada de pessoas em situação de rua e moradores da área.

Era o que procurava, mas antes de abordá-los, fui abordado. Um rapaz de aproximadamente 18 anos me pedia dinheiro também, mas desta vez de forma mais agressiva. Foi aí que comecei a repensar minha opção pela vida do crime, já que eu não tenho culhões para isso. De pronto me justifiquei dizendo que não tinha dinheiro. Porém este não acreditou e estava começando a se enfurecer comigo. Lembre-se que seus amigos também estavam em volta me olhando e prontos para entrar em ação caso fosse preciso.

Tudo não demorou mais que poucos segundos, mas para mim pareceu uma eternidade. Só fui salvo quando a menina que havia encontrado na escada apareceu e explicou a situação, dizendo que eu era gente boa. Estava salvo.

Quando estava me distanciando já, o rapaz veio ao meu encontro. Abraçou-me e veio falando em tom amigável. Porém suas intenções não me agradavam muito. Queria me abusar sexualmente ou, em outras palavras, queria comer meu rabo.

Minha atitude foi tentar me esquivar gentilmente. Estava com medo, mas não queria liberar para o rapaz. Para minha sorte, assim que viramos a rua, tinha uma viatura da Guarda Municipal parada com o policial do lado de fora. Quando estávamos passando, o guarda notou que algo estava errado e parou o rapaz. Provavelmente por ele ser negro e estar mau vestido, dirigiu toda sua atenção para o meu possível violador anal.

Para minha sorte o oficial nem veio falar comigo, já que estava sem documento algum. Assim segui meu caminho para casa com todas as pregas e demovido da idéia de entrar para o mundo do crime.

Porém, mais uma coisa me chamou atenção neste caminho. Ainda estava longe de casa quando vi um grupo de cerca de 15 pessoas caminhando tranqüilamente na rua, indo e conversando animadamente. Quando me aproximei, percebi que se tratava de grandes nomes da MPB e da intelectualidade brasileira.

Não lembro exatamente que estava, mas logo puxei assunto com um que, se não me engano, se tratava de Vinicius de Morais. Simpaticíssimo, foi seguindo comigo se tratando de assuntos aleatórios até que chegamos a porta de um sobrado. Alguns entraram e outros ficaram fazendo uma hora ali fora.

Estava torcendo para ser convidado, mas a Maria Bethânia, que estava abrindo a porta para todos, não o fez e um rapaz com rabo de cavalo (no cabelo) somente sorriu simpaticamente em minha direção e entrou.

Fiquei um tempo lá fora. Zé Ramalho me cumprimentou com um beijo no rosto e trocamos algumas palavras, mas com quem eu mais falava era Vinícius. Certo momento ele me zuou por causa de minha barba e perguntou se ela fazia sucesso com as garotas. Neste momento olhei ao arredor e percebi que havia duas garotas de minha idade. Uma estava com seu namorado e mais próxima, a outra estava na varanda do sobrado.

Ela tinha o cabelo meio curto meio cumprido, desses modernos, tortos, com somente um dread na parte traseira direita da cabeça e uma fita laranja prendendo-o. Ela tinha um piercing na sobrancelha e outro de argola no nariz. Anda por cima era linda, uns 10 cm menor que eu. Ou seja, meu número.

Continuei conversando com o Vinícius, mas não lembro muito do teor da conversa pois estava mais interessado na garota. Numa distração, quando olhei para cima ela não estava mais lá. Fazer o que né.

Vinicius já estava se despedindo de todos e, como eu sabia que não ia entrar, também. Foi quando sinto alguém tocando minha mão por traz. Quando olhei era a garota. Ela olhou para mim e sorriu. Sabia que esta estava no papo, mas não tinha pressa. Estava lá e não ia fugir. Demorei alguns minutos e em seguida puxei papo. Logo tomei a iniciativa de pegar em suas mãos e ficamos conversando animadamente. Lembro que falamos sobre minha barba. Perguntei se ela gostava... Antes de sua resposta, eu acordei.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Convite

O assunto é o seguinte. Como todos mamíferos, eu também faço aniversário. Este dia será no próximo 21 de junho. Porém, na próxima sexta-feira (19 de junho de 2009), um evento de comemoração será realizado na Neu Club (Lê-se “Nói”, já que a palavra vem do alemão e quer dizer novo) ( http://www.facebook.com/group.php?gid=35005383258 É Site?).

É um lugar descolado, cheio de gente bonita e interessante e música de qualidade. É a melhor festa da semana segundo a Times Magazine. Toda sexta-feira o clube apresenta uma banda e nesta, se não em engano, será o Pullovers (Banda revelação de acordo com a People Magazine).

Portanto, não faltam motivos para comparecer.

Se você gosta de mim, sente algum tipo de afeto ou me acha um bom partido, compareça para me dar um abraço, me fazer feliz ou me xavecar.

Se você não vai com a minha cara ou me considera um verme, compareça para me dar um cuecão ou coisa que o valha.

Para mim, será fundamental sua presença, já que eu ganho uma mini garrafa de espumante a cada 15 pessoas que comparecerem com o nome na lista (Dividi-la-ei com todos vocês, me privilegiando somente do estouro), além do fato de amar todos vocês do fundo do meu coração, em ambos os casos supracitados.

Caso estejam interessados, enviem seus nomes para mim por e-mail para incluí-los na lista de convidados. Podem chamar todos seus amiguinhos e amiguinhas caso desejem (afinal é um lugar público, vai quem quer). O preço é R$10 não importa a hora que você chegue. Se não tem nome na lista, é R$15. Ou seja, caso você vá e não me mande seu nome, beberá uma cerveja a menos.

A Neu Club fica na Rua Dona Germaine Burchard, 421 - Água Branca. É do ladinho do Parque Água Branca e pertinho do Vila Country ou do meu glorioso Parque Antártica. (Google Maps: http://maps.google.com/maps?t=h&hl=en&ie=UTF8&ll=-23.529642,-46.670072&spn=0.00907,0.013819&z=16)

Para mais informações: 99506788, feraboni@hotmail.com.br ou Felipe Floresti (no caso de orkut ou Facebook) ou http://twitter.com/Feraboni ou http://umqueleia.blogspot.com/.

(por enquanto não aceitam cartões de crédito e débito, portanto levem dinheiro, grana, cash, afinal eu não sou mãe de ninguém aqui) Beijo no coração de todos

Felipe Floresti
4345-1228
9950-6788

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Pergunta da Semana

Se você fosse uma festa de aniversário em uma balada, em que dia você aconteceria?

1- Sexta-feira. É mais barato e tem um mini-espumante (se pá).

2-Sábado. Afinal, a data é domingo e na virada seria um arroubo.


Respondam. Eu sei que vocês conseguem. Podem comentar a resposta.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

L'amour

Ahhh... L’amour!

Hoje é o Dia dos Namorados. Parabéns a todos os que namoram. Aqueles que encontraram sua alma gêmea têm hoje mais uma oportunidade de demonstrar o quanto aquele outro ser é importante para você. Embora isso deva ser feito todos os dias, datas como estas sempre são especiais e, por isso, surpreenda.

É sempre bom uma preparação especial para uma data como esta. Um jantar romântico. Um presente criativo e homemade (mas não se esqueça de comprar um também. Nesse mundo capitalista é sempre de bom tom equivaler ou superar os valores do presente de sua amada ou amado). Também não tema ser clichê. Os clichês só assim o são por um bom motivo: eles funcionam.

...

Agora, para os solteiros, não se desesperem. Apesar de ser somente uma data capitalista, todos podemos aproveitar para vivenciar o amor. Se declare para aquela pessoa que você se interessa há tempos. Viva o amor efêmero. O amor por um desconhecido. O amor a um negão. O amor anal. O amor a um traveco. O amor a uma gordinha. O amor sem proteção.

Como costumam dizer por aí: “O amor é importante, porra!”

terça-feira, 9 de junho de 2009

Pergunta da semana

Quando você dá uma e na segunda tem problemas técnicos, você?

1- Brochou.
2- Foi uma meia brochada.
3- Se deu uma você já fez seu papel, o resto é bônus.
4- Por que está perguntando isso? Aconteceu com você?
5-Broxar é com "X". entendeu? COM "X".

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Dia dos Namorados

Estamos entrando na semana do dia dos namorados e nesta data tão pouco importante para uns e significante para outros eu quero estar completamente sozinho...

...Ou melhor. Quero me acompanhar da(s) mais completa(s) desconhecida(s), fazer de tudo para conseguir abusar o máximo possível do sexo oposto e ir para casa contente e sem um telefone anotado na agenda que me faça lembrar qual era o nome delas.

...

Não sou um grande fã de minas de balada não. Sabe? Aquela coisa de ficar colando nas minas até encontrar uma (ou duas, ou oito) que se convença de que você é bom o bastante para beijar por cinco minutos ou duas horas e ir embora sem nem trocar telefone (ou só trocar por conveniência).

Para começar, normalmente eu ligo quando digo que vou (só não insisto muito quando o interesse acaba no dia seguinte). Também não saio xavecando a galera. Normalmente fico playing cool e escolho uma mais bonitinha para ficar pagando pau. Daí chego em umas duas ou três que não foram as minhas escolhidas, mas que por não me interessarem tanto são de mais fácil acesso.

Na reta final da noite vou falar com a que me interessava, mandando o papo mais sem graça da história, já que minha troca de olhares por quatro horas ininterruptas já deixou a situação um tanto quanto awkward o bastante para impedir as coisas de fluírem naturalmente.

Não parto para o desespero e as vezes aceito o tropeço em casa diante do Ipatinga. No entanto é relativamente comum uma conversa completamente despretensiosa por já não ter nada a perder se tornar algo interessante e, aos 41, como o Cleiton Xavier, ou aos 47 do segundo tempo, como Andrés Iniesta, acertar um petardo de fora da área fazendo do fim de noite mais agradável.

...

Não. Também não é uma coisa de revolta e eu nem tenho uma ligação muito forte com o Dia dos Namorados (afinal é uma data capitalista só criada para movimentar o mercado - Aqueles cara). Mas esse tipo de data pode ser significativo para a pessoa, quer ela esteja namorando ou não.

Certa vez, quando era jovem, era Dia dos Namorados, no meio de semana, e estava solteiro e sozinho em minha casa. Interfonei para uma menina que morava no meu prédio e a chamei para descer. Depois de algumas horas de conversa, me precipitei e tentei beijá-la. Sem grande surpresa da minha parte (mas com uma grande decepção), ela virou o rosto e falou que não tinha da a ver.

Não é nenhum fato que tenha traumatizado minha vida, já que não tinha qualquer espécie de sentimento por esta garota (apesar que depois disso sempre espero o momento certo para avançar com a garota), mas é o único Dia dos Namorados que eu lembro do que se passou com clareza.

Depois desse, que eu nem lembro exatamente com que idade foi (devia ser uns 15, 16), nenhum realmente marcou minha vida. Namorei depois disso. Sempre dei uma de namorado dedicado, me desdobrando na criatividade para bolar o presente ou surpresa que fizesse minha condição de companheiro ideal ser evidenciada (se bem que também não consigo me recordar exatamente em que ocasião cada surpresa foi. Se era aniversário, aniversário de namoro, Natal, Páscoa, Dia dos Namorados, ou qualquer outra ocasião em que se tem o trabalho de agradar a pessoa que gosta).

Este ano já tive algo que se compare a esse dia estando solteiro. Foi no Saint Valentine's Day, 14 de fevereiro (ou véspera dele ), e por circunstancias do acaso estava sozinho (garotas nem amigos) em uma balada que a pista de dança girava na capital suíça. Numa festa temática para os casais apaixonados, acabei conhecendo uma nativa loirinha linda e dona de uma simpatia impar que me fez companhia a noite toda, me levou para outra festa, me apresentou seus amigos tão nativos quanto ela, mas que, assim como a menina da minha juventude, me deixou na mão (não literalmente).

Ano passado também experienciei um Dia dos Namorados sozinho. Mas as condições também me eram peculiares. Vivendo em um lugar onde o 12 de junho era uma mera quinta-feira sem atrativos, ele me passou em branco (ou pelo menos minha memória não se lembra do que me aconteceu no dia) tirando por um e-mail mal criado na véspera para uma das merecedoras das surpresas mencionadas e certos hard feelings.

...

Com isso, desta vez, no mundo real e barely released dos hard feelings ou da má fase que não convém ser compartilhada mas foi deixada de lado no final de semana, estou pronto para me aproveitar do dia (e da semana) em que as garotas estão mais carentes e me acompanhar da(s) mais completa(s) desconhecida(s), fazer de tudo para conseguir abusar o máximo possível do sexo oposto e ir para casa contente e sem um telefone anotado na agenda que me faça lembrar qual era o nome delas.

(e também porque é feriado e não vou viajar e pretendo me divertir por aqui)

...

Se bem que, se bobear, o MSN de uma garota interessante não me cairia tão mal.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Thoughts

Tenho pensado sobre este blog. Os textos são muito grandes né e, principalmente por ser na internet, ninguém tem saco para ler. Você acha que:

1 - Eu escrevo muito, pois tenho muito a dizer e tudo é cheio de conteúdo?
2 – Sou prolixo e só enrolo?
3 – Eu deveria separar meus posts em assunto e dias diferentes, pois ninguém entra no blog e quem entra não tem saco para ler e para comentar menos ainda?

Outra coisa. No estilo. Eu uso muito das aspas em todos os momentos. Eu acredito que é recurso estilístico, assim como eu uso o ta ligado, e você?

1 – Entendo. É estilístico e bem utilizado.
2 – Estilo, ou você tem ou você não tem.
3 – Acho que só evidencia uma tremenda limitação.

Dêem (ou “deem” segundo as novas regras da língua portuguesa) as suas opinião.

E depois disso leiam os textos anteriores. Eu sei que você ainda não leu por preguiça.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Tarde de segunda

Sem nenhum e-mail que me empolgue, nenhuma grande oferta de emprego, nenhum afazer que ocupe meu dia, resolvi dedicá-lo à sétima arte (Para quem quiser saber o porquê de cinema ser a sétima arte, clique aqui).

Os escolhidos foram dois filmes recentemente downloadeados. Para começar, “Yes Man” (“Sim Senhor” por aqui) é o último filme de Jim Carrey parecia ser um filme agradável desde o início e, como acabaram os seriados que acompanho e dá preguiça de começar a ver um novo, apostei em baixar filmes e este me parecia uma boa opção.

(Só para colocar este blog como fonte de informação. "Yes Man" é o último filme de Jim Carrey lançado no Brasil, já que em 30 de outubro deste ano deve ser lançado “I Love You Phillip Morris”. Phillip Morris é a maior empresa de Tabaco do mundo, ta ligado? Então deve ter a ver.)

Yes Man

Se tratou de uma ótima escolha. Esse tal de Jim Carrey sempre foi um dos meus atores favoritos (não que eu tenha muito essa de ter favoritos, mas eu curto ele. O Wes Anderson de diretor e o Charlie Kaufman de roteirista também são exemplos de pertencentes a minha lista de favoritos. Na verdade não tenho muita propriedade para falar isso, mas vou começar a estudar cinema, ta ligado? Então.. diz o bom senso que estas respostas tem que estar na ponta da língua) e caiu muito bem nesta minha tarde.

Basicamente, o filme se trata da história de um cara que seguindo um tipo de grupo de “auto-ajuda” começa a dizer sim para tudo o que lhe propõem, não importa o que fosse. Com isso, ele começa a ver que as possibilidades acabam se abrindo para ele. Por exemplo, ele achou uma péssima idéia um sexual release com sua idosa vizinha, mas depois descobriu que sem a dentadura a velha paga-lhe um ótimo bola.

E por aí vai. É filme de Hollywood né. Sempre tem a história de amor no meio (no caso é a gatinha da Zooey Deschanel, que faz a irmã do Willian Miller no “Almost Famous”) e depois de algumas intempéries, termina tudo bem com um final feliz.

A moral do filme (sempre tem uma moral), também é óbvia. De que não se trata de dizer sim para tudo, mas sim se abrir a oportunidades da vida, to take the risk, mas sempre usando o bom senso e essa coisa toda. Na verdade o próprio filme trata a moral do filme com óbvia, já que o amigo do Carl (personagem do Jim Carrey) fala isso no meio do filme, mas ele só se dá conta no final, quando o cara que inventou a teoria do Sim repete tudo isso.

Apesar disso, ou além disso, e do filme ser engraçado, esse papo todo, esse tipo de filme com moral no final, sempre te faz pensar (não querendo soar como uma garotinha que tem um blog e escreve sobre um filme, mas já soando) sobre como você está conduzindo sua vida. No "Yes Man" a moral se assemelha com a comumente bradada Lei de Gil. Cuja qual eu já sigo (ou melhor, já segui com mais intensidade em um passado próximo), mas é sempre bom reforçar seus ensinamentos e praticá-la com mais entusiasmo.



Pois é verdade, se pararmos para avaliar, sempre desperdiçamos oportunidades, falamos não para convites simples, sem um grande motivo, nos privando do por vir.

Goldfish Memory

Mas prosseguindo, o segundo filme é mais sério e vem recheado de conteúdo emocional. Nem tanto por ter sido indicado anos atrás por uma ex-namorada, “Goldfish Memory” (“Todas as Cores do Amor” como foi sem nenhum sentido traduzido) foi o escolhido por se passar em minha saudosa Dublin (que nesta tarde estava com 21ºC, contra 12ºC da minha querida São Bernardo do Campo).

Dublin

Antes de falar sobre o filme, falemos sobre Dublin. Vejamos a peculiaridade do ser humano (ou a imbecilidade de minha pessoa). Durante bom tempo em que estive morando na capital irlandesa, reclamei da vida, do life style e do que cercava a cidade. Agora, passados quase três meses que deixei o local, sinto uma tremenda saudade, talvez maior da que senti de São Bernardo do Campo (ou São Paulo) quando reclamava de Dublin.

Só para tentar me explicar. Não reclamo da vida daqui nem prefiro a de lá (apesar de aqui não ter emprego, o que será em breve solucionado, ainda mais se vocês me ajudarem, quer me ajudar? Arruma um emprego para mim aí. Sou bom. Eu acho), mas sinto saudade. Acredito que seja ao fato de saber que vivi algo único em minha vida lá e que nunca mais vai se repetir (porque eu não quero e também que nunca seria a mesma coisa) e eu sempre soube que ia voltar para cá, minha terra natal. Tem também o fato de os últimos três meses na Europa terem sido os melhores da minha vida, cheio da grana e viajando sem nenhuma responsabilidade pelo continente. Acredito que se tivesse retornado no final de novembro de 2008, minha saudade seria um tanto quanto menor.

Goldfish Memory de novo

Além de ser based em Dublin, o filme chama atenção por ter quase que sua trilha sonora inteira composta por versões de Bossa Nova, mais precisamente Tom Jobim. Ele se trata de algumas histórias de amor, algumas homossexuais, que se cruzam e mostram que não existem muitas regras no papo de relacionamentos. Cada um pode ser diferente e sempre tem um milhão de primeiras vezes. No filme é bem comum também a pessoa fazer em um relacionamento exatamente a mesma coisa que odiava no anterior.

O papo da memória do peixe dourado é que dizem que só dura três segundos (fato que foi desmentido no episódio 11 do MithBusters), ou seja, toda vez que o peixe encontra alguém, é como se conhecesse novamente. Isso seria como no amor. Toda vez que você se apaixona por alguém você esquece a dor que o anterior pode ter causado. No filme isso acontece em todos os casos, mas um dialogo e a forma como a teoria é mostrada faz pensar que é bullshit.

Para mim pode ser verdade, como pode não ser, já que vou naquele papo inicial que para relacionamentos (para sentimentos também) não existem muitas regras. O que funciona para um pode não funcionar para outro. E também não tenho muito parâmetro de comparação.

Prazer

Um dia se cansou de sua vida. Não era a natural e entediante combinação trabalho e namorada que o incomodava. Gostava de ambos, pois era onde conseguia conforto, segurança, perspectiva, futuro e carinho. Mas estava cansado mesmo assim.

Mas nunca é fácil partir de uma hora para outra para a aventura. Aventura essa que nem sabia sobre o que seria, nem como, nem com quem. Não era fácil. Como começar uma coisa se não se sabe por onde?

Mas nem tudo é racional neste mundo. Ou melhor, as coisas mais importantes não são racionais. Aos poucos ligava menos para a namorada, ligava mais para o trabalho dizendo que não ia e abusava da paciência, para não mandar a namorada para longe e em sua diversão vespertina no computador do trabalho.

E assim o tempo passou e ficou calado. Sabia o que era melhor para sua vida. Sabia o caminho que devia seguir e tinha apoio de todos, mas lhe faltava alguma coisa. Até que em uma semana tudo aconteceu e todos passaram a compartilhar do cansaço com ele. De uma hora para outra, chefe e namorada, não necessariamente nessa ordem, o mandaram procurar o que lhe dava prazer (não diretamente, mas o “Eu não preciso mais de você” de ambos já queria dizer muita coisa).

Mas você acha que foi sair assim? Pulando de alegria gritando pela liberdade? Essas coisas não são assim! Tinha perdido todo conforto, segurança, perspectiva, futuro e carinho. Acabou, surpreendentemente, arrasado. “Só damos valor as coisas quando perdemos”. Foi mais ou menos assim. MAIS OU MENOS.

Nem se lembrava mais de seu cansaço e para agüentar a barra apelou para a saída tradicional. Ligou para seus amigos (dos quais havia se distanciado. “Ossos do ofício”) e combinou baladas e mais baladas. Não tinha vontade para muita coisa, mas se esforçava para fazer as coisas. O que mais podia fazer? Ficar trancafiado em casa só aumentava a angustia.

Saia, enchia a cara, se divertia com a molecada, tudo que havia tempos não fazia. Life can always start up anew. Mas lhe faltava algo e esse algo, de alguma forma ele sabia, não era o emprego/namorada. Mas o que era?

Começou a expandir. Ia a diferentes lugares, pegar tudo quanto é tipo de mulher, experimentou de tudo (sempre respeitando a Lei de Gil, claro), se entorpeceu com tudo que lhe foi possível, de sementes a paixões.

Mas a vida foi indo. Podia dizer que era a pessoa que mais se divertia no mundo, mas sempre tinha seus momentos. Fez coisas que nunca fez, esteve em situações que nem em filmes já colocaram (talvez em alguns pornôs) e tinha histórias para dar e vender. Seus netos o adorariam, se é que algum dia fosse ter algum (talvez por acidente, não o neto, mas o filho e uma coisa leva a outra).

Mas você ta ligado. Esse negócio de coisas muito intensas sempre é assim. Quando você quer encher a cara, você as vezes aposta em virar uma vodka, uma cachaça, tequila e afins. Mas como diriam, “Vem rápido e volta rápido”. Quando você aposta em uma coisa gradual, nem sempre você fica bêbado, mas as chances de vomitar e passar mal são menores. Tudo é questão de escolha e estratégia.

Com o tempo, não poderia ficar nessa de “praia e maconha em Fernão de Noronha” para sempre. Até queria, mas as coisas não são assim. De vez em quando dava um migué e mandava uns currículos. Não tinha grandes pretensões, mas uma coisa levou a outra, entrevista, o cara gostou de seu jeito despojado.

Mas o seu novo futuro chefe não foi o único. Apesar de não fazer questão de ser um ser humano descente quando o assunto era mulheres. Tá ligado como mulher é né? Trata mal e os caraio e elas curtem. Estilo cachorra. Daí uma ficou no pé dele. E você ta ligado né?

Era uma garantia de sexo constante. Não lhe prometeu fidelidade, continuava na bagunça e negava veementemente qualquer possibilidade de relacionamento. Mas quando você dá a mão, querem o braço. Aos poucos a moça estava cobrando um cinema antes de ir para a casa dele (ele não ia gastar dinheiro com motel com ela).

Depois ela estava indo para ver um filme na casa dele. Depois ela estava passando o final de semana, viajando com a família. E, para a sua surpresa (mas só sua, de ninguém mais), dentro de pouco tempo queria ficar com ela mais do que com qualquer uma.

Estava namorando.

Estava empregado.

Estava feliz. Podia dizer que era a pessoa mais feliz do mundo, mas tinha seus momentos. Dedicava-se com tudo ao trabalho. Tinha satisfação com o que fazia, com os projetos realizados, com os elogios dos superiores.

No tempo livre, só queria fazer uma coisa. Ficar com a namorada. Ganhou uma semana de folga no trabalho devido a um trabalho bem realizado. Ou seja, uma semana maravilhosa com seu amor. Amor? Amor.

Não queria muito ir para a balada. A diversa não é a mesma. Preferia cinema e restaurante, filme e pipoca, xixi e cama. Mas um dia aceitou a pressão, não podia esquecer os amigos. Não era uma festa como nos seus períodos de solteirisse, mas as mulheres pareciam a disposição como nunca nos seus momentos de solteirisse.

It’s a tricky game. “Se estivesse solteiro, agora seria melhor ainda”. Isso deu uma brochada em seu relacionamento. Não queria que acontecesse como da outra vez, deixar miar tudo, levar uma bota e ficar sofrendo. Decidiu dar um tempo.

Uhuuu! Festa!.. Maaas it’s a tricky. Num era bem como em sua cabeça. As garotas estavam lá, mas não funcionavam como oito meses atrás. Aquela desenvoltura, simpatia e assuntos de sobra estavam rareando. Não perdeu tempo, voltou para sua namorada. The safe place.

Estava novamente feliz, mas tinha seus momentos. Hoje em dia já se firmou com sua esposa, que aguarda seu primeiro filho. Tem uma casa, um carro, um bom emprego, almoço de domingo, e sempre que pode dá uma escapulida com um travesti que faz ponto de sua casa e passa as madrugadas tentando convencer um menor de idade a se exibir na webcam, seja menino ou menina.