segunda-feira, 1 de junho de 2009

Tarde de segunda

Sem nenhum e-mail que me empolgue, nenhuma grande oferta de emprego, nenhum afazer que ocupe meu dia, resolvi dedicá-lo à sétima arte (Para quem quiser saber o porquê de cinema ser a sétima arte, clique aqui).

Os escolhidos foram dois filmes recentemente downloadeados. Para começar, “Yes Man” (“Sim Senhor” por aqui) é o último filme de Jim Carrey parecia ser um filme agradável desde o início e, como acabaram os seriados que acompanho e dá preguiça de começar a ver um novo, apostei em baixar filmes e este me parecia uma boa opção.

(Só para colocar este blog como fonte de informação. "Yes Man" é o último filme de Jim Carrey lançado no Brasil, já que em 30 de outubro deste ano deve ser lançado “I Love You Phillip Morris”. Phillip Morris é a maior empresa de Tabaco do mundo, ta ligado? Então deve ter a ver.)

Yes Man

Se tratou de uma ótima escolha. Esse tal de Jim Carrey sempre foi um dos meus atores favoritos (não que eu tenha muito essa de ter favoritos, mas eu curto ele. O Wes Anderson de diretor e o Charlie Kaufman de roteirista também são exemplos de pertencentes a minha lista de favoritos. Na verdade não tenho muita propriedade para falar isso, mas vou começar a estudar cinema, ta ligado? Então.. diz o bom senso que estas respostas tem que estar na ponta da língua) e caiu muito bem nesta minha tarde.

Basicamente, o filme se trata da história de um cara que seguindo um tipo de grupo de “auto-ajuda” começa a dizer sim para tudo o que lhe propõem, não importa o que fosse. Com isso, ele começa a ver que as possibilidades acabam se abrindo para ele. Por exemplo, ele achou uma péssima idéia um sexual release com sua idosa vizinha, mas depois descobriu que sem a dentadura a velha paga-lhe um ótimo bola.

E por aí vai. É filme de Hollywood né. Sempre tem a história de amor no meio (no caso é a gatinha da Zooey Deschanel, que faz a irmã do Willian Miller no “Almost Famous”) e depois de algumas intempéries, termina tudo bem com um final feliz.

A moral do filme (sempre tem uma moral), também é óbvia. De que não se trata de dizer sim para tudo, mas sim se abrir a oportunidades da vida, to take the risk, mas sempre usando o bom senso e essa coisa toda. Na verdade o próprio filme trata a moral do filme com óbvia, já que o amigo do Carl (personagem do Jim Carrey) fala isso no meio do filme, mas ele só se dá conta no final, quando o cara que inventou a teoria do Sim repete tudo isso.

Apesar disso, ou além disso, e do filme ser engraçado, esse papo todo, esse tipo de filme com moral no final, sempre te faz pensar (não querendo soar como uma garotinha que tem um blog e escreve sobre um filme, mas já soando) sobre como você está conduzindo sua vida. No "Yes Man" a moral se assemelha com a comumente bradada Lei de Gil. Cuja qual eu já sigo (ou melhor, já segui com mais intensidade em um passado próximo), mas é sempre bom reforçar seus ensinamentos e praticá-la com mais entusiasmo.



Pois é verdade, se pararmos para avaliar, sempre desperdiçamos oportunidades, falamos não para convites simples, sem um grande motivo, nos privando do por vir.

Goldfish Memory

Mas prosseguindo, o segundo filme é mais sério e vem recheado de conteúdo emocional. Nem tanto por ter sido indicado anos atrás por uma ex-namorada, “Goldfish Memory” (“Todas as Cores do Amor” como foi sem nenhum sentido traduzido) foi o escolhido por se passar em minha saudosa Dublin (que nesta tarde estava com 21ºC, contra 12ºC da minha querida São Bernardo do Campo).

Dublin

Antes de falar sobre o filme, falemos sobre Dublin. Vejamos a peculiaridade do ser humano (ou a imbecilidade de minha pessoa). Durante bom tempo em que estive morando na capital irlandesa, reclamei da vida, do life style e do que cercava a cidade. Agora, passados quase três meses que deixei o local, sinto uma tremenda saudade, talvez maior da que senti de São Bernardo do Campo (ou São Paulo) quando reclamava de Dublin.

Só para tentar me explicar. Não reclamo da vida daqui nem prefiro a de lá (apesar de aqui não ter emprego, o que será em breve solucionado, ainda mais se vocês me ajudarem, quer me ajudar? Arruma um emprego para mim aí. Sou bom. Eu acho), mas sinto saudade. Acredito que seja ao fato de saber que vivi algo único em minha vida lá e que nunca mais vai se repetir (porque eu não quero e também que nunca seria a mesma coisa) e eu sempre soube que ia voltar para cá, minha terra natal. Tem também o fato de os últimos três meses na Europa terem sido os melhores da minha vida, cheio da grana e viajando sem nenhuma responsabilidade pelo continente. Acredito que se tivesse retornado no final de novembro de 2008, minha saudade seria um tanto quanto menor.

Goldfish Memory de novo

Além de ser based em Dublin, o filme chama atenção por ter quase que sua trilha sonora inteira composta por versões de Bossa Nova, mais precisamente Tom Jobim. Ele se trata de algumas histórias de amor, algumas homossexuais, que se cruzam e mostram que não existem muitas regras no papo de relacionamentos. Cada um pode ser diferente e sempre tem um milhão de primeiras vezes. No filme é bem comum também a pessoa fazer em um relacionamento exatamente a mesma coisa que odiava no anterior.

O papo da memória do peixe dourado é que dizem que só dura três segundos (fato que foi desmentido no episódio 11 do MithBusters), ou seja, toda vez que o peixe encontra alguém, é como se conhecesse novamente. Isso seria como no amor. Toda vez que você se apaixona por alguém você esquece a dor que o anterior pode ter causado. No filme isso acontece em todos os casos, mas um dialogo e a forma como a teoria é mostrada faz pensar que é bullshit.

Para mim pode ser verdade, como pode não ser, já que vou naquele papo inicial que para relacionamentos (para sentimentos também) não existem muitas regras. O que funciona para um pode não funcionar para outro. E também não tenho muito parâmetro de comparação.

2 comentários:

Bruno Manzini disse...

Realmente os textos são imensos amigões!
Eu não li tudo... Mais a parte que li era muito boa!!
Principalmente quando você explica como fazer uma mulher ter orgasmos múltiplos... (aposto que agora alguém mais vai ler e comentar)

RafaelZZZZZanatto disse...

Eu li metade do post, aí li o comentário do Bruno Só pra avisar: é uma cilada. Mas eu caí
Aliás, to sem pontos de exclamação aqui no meu pc. Que porra. Acho que é o frio.

É naaada

Mas eu queria comentar o post seguinte, na verdade
ihhh agora tudo já encaralhou

ps: você é um arrombado;

Beijinhos