quarta-feira, 17 de junho de 2009

O que será que quer dizer?

Hoje estava andando na rua sozinho e tranqüilo, quando ao passar ao lado de um prédio parcialmente abandonado começo a ouvir alguns tiros. O barulho ia crescendo e, curioso, quando olho para cima vejo uma guerra entre facções criminosas rivais. Um grupo intruso tentava tomar lugar dos que comandavam o prédio em questão. Fuzis eram postos em ação pela janela, chegando até a dispararem em minha direção, mas eu estava protegido por uma grande muralha.

Ao invés de sentir medo com toda aquela situação, fiquei empolgado. Pensei em tudo que me desagradava em minha vida, a falta de emprego e, as vezes, de motivos e vi no crime uma alternativa viável. Pensei também se havia histórias de playboys como eu que se envolverão pela vida emocionante de um criminoso, vivendo pouco como um rei.

Tomei a decisão rapidamente e, para procurar algum tipo de envolvimento, subi uma escada que começava logo depois da muralha. A escada era longa, devia ter uns 50 degraus em curva. Logo na primeira virada, encontro um grupo de meninos e meninas em situação de rua.

Quando passava por eles, uma menina me pediu dinheiro. Para fazer uma média com o pessoal da área, meti a mão no bolso para desembolsar algum. Foi então que eu percebi que estava com uma bermuda de surfista, sem bolso e, portanto, estava sem carteira e/ou dinheiro.

Prontamente me desculpei, explicando a situação e a garota, muito simpática, me entendeu e assim prossegui minha busca. Mais a cima, chego em uma praça lotada de pessoas em situação de rua e moradores da área.

Era o que procurava, mas antes de abordá-los, fui abordado. Um rapaz de aproximadamente 18 anos me pedia dinheiro também, mas desta vez de forma mais agressiva. Foi aí que comecei a repensar minha opção pela vida do crime, já que eu não tenho culhões para isso. De pronto me justifiquei dizendo que não tinha dinheiro. Porém este não acreditou e estava começando a se enfurecer comigo. Lembre-se que seus amigos também estavam em volta me olhando e prontos para entrar em ação caso fosse preciso.

Tudo não demorou mais que poucos segundos, mas para mim pareceu uma eternidade. Só fui salvo quando a menina que havia encontrado na escada apareceu e explicou a situação, dizendo que eu era gente boa. Estava salvo.

Quando estava me distanciando já, o rapaz veio ao meu encontro. Abraçou-me e veio falando em tom amigável. Porém suas intenções não me agradavam muito. Queria me abusar sexualmente ou, em outras palavras, queria comer meu rabo.

Minha atitude foi tentar me esquivar gentilmente. Estava com medo, mas não queria liberar para o rapaz. Para minha sorte, assim que viramos a rua, tinha uma viatura da Guarda Municipal parada com o policial do lado de fora. Quando estávamos passando, o guarda notou que algo estava errado e parou o rapaz. Provavelmente por ele ser negro e estar mau vestido, dirigiu toda sua atenção para o meu possível violador anal.

Para minha sorte o oficial nem veio falar comigo, já que estava sem documento algum. Assim segui meu caminho para casa com todas as pregas e demovido da idéia de entrar para o mundo do crime.

Porém, mais uma coisa me chamou atenção neste caminho. Ainda estava longe de casa quando vi um grupo de cerca de 15 pessoas caminhando tranqüilamente na rua, indo e conversando animadamente. Quando me aproximei, percebi que se tratava de grandes nomes da MPB e da intelectualidade brasileira.

Não lembro exatamente que estava, mas logo puxei assunto com um que, se não me engano, se tratava de Vinicius de Morais. Simpaticíssimo, foi seguindo comigo se tratando de assuntos aleatórios até que chegamos a porta de um sobrado. Alguns entraram e outros ficaram fazendo uma hora ali fora.

Estava torcendo para ser convidado, mas a Maria Bethânia, que estava abrindo a porta para todos, não o fez e um rapaz com rabo de cavalo (no cabelo) somente sorriu simpaticamente em minha direção e entrou.

Fiquei um tempo lá fora. Zé Ramalho me cumprimentou com um beijo no rosto e trocamos algumas palavras, mas com quem eu mais falava era Vinícius. Certo momento ele me zuou por causa de minha barba e perguntou se ela fazia sucesso com as garotas. Neste momento olhei ao arredor e percebi que havia duas garotas de minha idade. Uma estava com seu namorado e mais próxima, a outra estava na varanda do sobrado.

Ela tinha o cabelo meio curto meio cumprido, desses modernos, tortos, com somente um dread na parte traseira direita da cabeça e uma fita laranja prendendo-o. Ela tinha um piercing na sobrancelha e outro de argola no nariz. Anda por cima era linda, uns 10 cm menor que eu. Ou seja, meu número.

Continuei conversando com o Vinícius, mas não lembro muito do teor da conversa pois estava mais interessado na garota. Numa distração, quando olhei para cima ela não estava mais lá. Fazer o que né.

Vinicius já estava se despedindo de todos e, como eu sabia que não ia entrar, também. Foi quando sinto alguém tocando minha mão por traz. Quando olhei era a garota. Ela olhou para mim e sorriu. Sabia que esta estava no papo, mas não tinha pressa. Estava lá e não ia fugir. Demorei alguns minutos e em seguida puxei papo. Logo tomei a iniciativa de pegar em suas mãos e ficamos conversando animadamente. Lembro que falamos sobre minha barba. Perguntei se ela gostava... Antes de sua resposta, eu acordei.

5 comentários:

Jordi disse...

hahahaha
comédia hein, pela primeira vez eu cheguei no fim do texto sem bocejar! Brincadeira! rs
Abração!

Anônimo disse...

sabe o joão bidu? não né? hahahaha então, ele fala o significado dos sonhos... vai lá meu! (no começo eu achei muito que era verdade e já tava apreensiva de vc querer virar bandido) HAHAHAHA

(ah, esse negocio do joão bidu é serio... www.joaobidu.com.br)

Nhonho disse...

O que será que ele quis dizer, hein?

Luciana disse...

Que coisa héin? Sonhou mesmo? Eu até tenho uma explicação para o sonho, mas nem vou falar...Quem ler direitinho e já ouviu o que dizem por ai sobre o significado dos sonhos também vai entender kkk.

Felipe Floresti disse...

http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=18683798

Tá ligado?