quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Hoje é meu aniversário

Só para compensar a minha falta para com todo vocês, amantes do meu fabuloso blog, vou escrever algumas experiências minhas. Experiências estas que vivenciei esta noite. Neste, que de acordo com meu querido professor de storytelling (olha que poser o nome dessa matéria), é um filme que eu mesmo roteirizo, está pronto e só eu tenho acesso. Na verdade o problema é que ele as vezes não faz muito sentido.

Tudo começou comigo mesmo acordando no que seria a manhã de hoje e tinham algumas pessoas, que se não me engano eram minha irmã e minha mãe, na expectativa de eu acordar. Quando abri os olhos, fiquei espantado e não sabia o motivo de tanta empolgação. Eis que elas me contam que o dia de hoje, 20 de agosto de 2009, na verdade era 21 de junho (não sei de que ano), ou seja, meu aniversário.

Eu tinha me esquecido do meu aniversário. Em filmes o esquecimento do próprio aniversário normalmente simboliza que a personagem em questão está completamente perdida em sua vida. Não sei se estou tãaao perdido não, mas por via das dúvidas já encomendei um psicólogo. (FREAK)

Eu não estava em casa. Estava em São Vicente, se não me engano, na casa de praia de algum parente distante da minha mãe. Mas não era uma casa de praia comum. Era uma espécie de mansão nos tempos do colonialismo. A arquitetura se assemelhava em muito com a do Museu do Ipiranga, com a diferença de que tudo estava mais destruído e parcialmente tomado pelo lodo verde comum em locais com grande umidade.

Nos fundos da casa tinha um paredão, com aproximadamente uns cinco metros de altura, com uma porta no meio e do outro lado dava direto para o mar. Sem nem praia. Só o marzão. Do lado de dentro, um espaço onde estavam meus familiares e um escadarão que levava até as mesas com comidas e tudo.

Em certo momento fui ver o que tinha para comer. E o prato preparado por minha tia Elcira era salpicão de abobrinha (??). Não é meu prato favorito, como devem imaginar, e protestei com a falta de opções. Mas este meu protesto não agradou aos presentes, que protestaram contra a minha pessoa. “Você reclama de tudo. Nunca acha que nada está bom. Você não se permite ser feliz, essa que é a verdade”, disse meu tio Zima.

Argumentei, contrargumentei (é assim que ficou depois da reforma? Only God knows), usei inclusive alguns argumentos que ele interpretou como dúvida de sua capacidade de jogar bola nos tempos da juventude. Todos sabem (ou não.. nem eu sei direito) que Zima foi um grande jogador na juventude, tendo atuado pelo Corinthinhas de Presidente Prudente (por pouco tempo.. só nos juniores se pá).

Para provar que eu estava enganado, Zima lançou mão de uma fita de vídeo (nisso já estávamos na sala da casa, comigo deitado em um sofá e meu pai no outro). A fita que provaria o talento futebolístico de meu tio, era um jogo entre Corinthians e Santos na Vila Belmiro. Um jogo antigo, Ewerton (que no sonho era com V) e Gil eram a dupla de ataque do Timão. Acho que era a época do que o Parreira classificou como o melhor lado esquerdo do mundo, com Gil, Ricardinho e Kléber Chocolate (mas na verdade não sei se o Ewerton ainda estava neste time na época... Acho que não). Não sei o que meu tio queria dizer com esta fita, mas o sonho não me permitiu descobrir.

Quando vi de novo, estava na praia já. Minha tia Eliete me deu uma prancha para ir lá pegar umas ondas, passei parafina e fui. Fui de camiseta para não ficar com o peito machucado. Estava remando para passar pelas ondas e ir até a arrebentação. Tinham alguns surfistas por lá, mas quando olho para o lado esquerdo tinha um Palio Weekend cinza que era usado como taxi boiando. Estranho né?

Logo eu fui entender. A cidade, não só o casarão em que estava hospedado, era bem antiga e com essa parada de aquecimento global e tudo, o mar encobriu algumas ruas de paralelepípedo. Mas só enchia nas marés altas, quando vinha uma onda e a população local se adaptou com a situação. Então o pessoal estava sempre pronto para ficar dentro do mar e, em seguida, ficava tudo sem água de novo. Quando eu vi estava com a prancha de baixo do braço e esperei até a próxima onda para retornar para a orla marítima. Não queria ir andando né...

A noite ainda teve muito mais. Teve de conversas com ex-amores e até algum homossexualismo (coisas que não quero revelar ou que eu não lembro mesmo). Mas foi isso. Um filme que só eu vi, mas agora vocês leram. Só resta a vocês dar uma trabalhada, vender para os estúdios de Hollywood e ganhar milhões... Yes you can.

2 comentários:

Débora disse...

Seu sonho, além de freak, era legendado?
"Ewerton (que no sonho era com V)"
hahaha
genial!

Anônimo disse...

Te acho meio maluco...