domingo, 23 de novembro de 2008

Let´s talk about what feed me!

I thought of that old joke, y'know, the, this... this guy goes to a psychiatrist and says, "Doc, uh, my brother's crazy; he thinks he's a chicken." And, uh, the doctor says, "Well, why don't you turn him in?" The guy says, "I would, but I need the eggs." Well, I guess that's pretty much now how I feel about relationships; y'know, they're totally irrational, and crazy, and absurd, and... but, uh, I guess we keep goin' through it because, uh, most of us... need the eggs.

Uma história de amor pode começar de um sem número de maneiras diferentes. Algumas acontecem entre amigos de infância, no colégio, amigos em comum, na fila do banco, companheiros de trabalho, no banheiro masculino, nas ruas de Barcelona, na mercearia, speed dates... Esta aqui começou da maneira tradicional: se conheceram na pista de dança de um club bacana, com pessoas interessantes e musicas boas.

Entre luzes piscantes, rostos cansados, roupas estranhas, gente interessante, ela apareceu reluzente e rodopiante entre amigos. Apesar da desconfiança homossexual, foi amor ao primeiro sorriso. I can bet that you look good on the dance floor.

Blusinha verde, calça jeans, cabelos longos, pele lisa, olhos levemente puxados e rodopiando, rodopiando, rodopiando, rodopiando. OOBCECADO, de tempos em tempos recebia um sorriso que o fazia estremecer mas não acreditar que estava sendo alvo da mulher mais linda que havia visto até então.

Conhecido por sua inoperância e ineficácia, manteve a pose de galã e aos poucos foi soltando o potencial psicodélico que vinha sendo escondido do público. E parece que funcionou (não que isso fosse alguma espécie de arma).

Quando abriu os olhos, tudo que via ainda eram as luzes piscantes. Mas sentiu um braço tocando o seu e de um momento para outro se grudaram, rodopiando, rodopiando, rodopiando, rodopiando... Parecia mentira. Para os outros, “viado sortudo”. Para ele, “viado sortudo”. Rodopiando, rodopiando on the dance floor.

Mas não seria tão fácil. Sempre tem uma amiga que as levam para o outro lado. Estava satisfeitíssimo por ter dividido aquele momento com com a mulher de sua vida. E por acreditar piamente ser a mulher de sua vida, tomou uma iniciativa (logo depois que voltou do banheiro, que ninguém é de ferro e cerveja demais tem efeitos colaterais).

Chegou determinado. Bastou uma puxada decidida no braço para tudo começar a girar em volta dos dois novamente. Então, quase que naturalmente, de um segundo para outro, os olhares se cruzaram. Os rostos ficaram frente a frente. Os olhos castanhos e levemente puxados penetravam. Um beijo seria inevitável. Com isso, inclinou a cabeça e disparou.

Foi um encontro de lábios único. Digo único literalmente. Logo em seguida a amiga retornou a ação e ele retornou sozinho e cabisbaixo para seus amigos. E assim ficou. Sem beijo, sem telefone, sem cojones, boludo. Mas com muito amor. Amor de verdade. Amor para vida inteira.

Mas não se trata de coragem. Em sua cabeça, ela sempre o quis, mas condições químicas os impediram de realizar esse amor. Não pode ir além, pois poderia descobrir o contrário, poderia acabar com o encanto. Preferiu manter o sofrimento pela pouca chance da expectativa boa dar certo. Já que é isso que o alimenta. feeds him.

5 comentários:

KNG disse...

Uauuuu parceirinho!!

KNG disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
KNG disse...

Muito exigente esse autor viu, reclamou do meu "Uauuu parceirinho"... "Ah, ta muito sem graca". Ve se pode!
Ainda bem que estou num dia bom, apesar de quase ter congelado, e resolvi dar ouvidos ao senhor TZ..kkk. Acabei de inventar isso. Sera que voce consegue imaginar o que isso significa?! rs
Fugi do foco. Volta Katiane, volta Katiane...
Entao Felipe, adoro os seus textos, eles sao bons, sabe aquela coisa de comeco, meio e fim. Alem disso, acredito que voce manifesta mais do que criatividade e bom humor nos seus textos.

Eu sempre faco umas visitinhas nos seus blogs, sempre espero por um bom texto novo!! Ainda quero um livro ein!!

Michael disse...

Katiane...
Que criatividade que nada, esse texto é praticamente um relato jornalístico de um momento que tive o prazer de presenciar na ultima sexta-feira.
Mas Felipe, queria te parabenizar belo texto, muito bem escrito e que me fez vivenciar novamente esse momento mágico.

Anônimo disse...

Primeiro: eu acho que vc tem futuro. escreve umas coisas interesaantissimas!

Segundo: maldita amiga hein?!